quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

domingo, 6 de dezembro de 2009

Uma solidão de Pai hoje.


Já que você não serve para me fazer sorrir, ao menos serviu de inspiração para um desabafo!

Quantos pedidos me negastes?
Quantos aniversários sem parabéns?
Quantos anos sem conhecer-te?

Quantas desculpas?
Quantas rejeições?
Quantas reencarnações? (Já digo nesta, que não quero ser sua filha na próxima)

Você nunca esteve em nenhuma festa ao meu lado.
Você nunca dançou comigo.
Você nunca foi meu amigo.

Francamente...
Tenho medo de que minha filha tenha um pai como o meu.

Não sei se um dia vou perdoar tanta coisa que me engasga...
Não sei nem quem é você, ou quem foi...
E talvez, nem queira verdadeiramente saber.

Saudade do que eu nunca tive/terei.
Saudade da única vez em que me carregaste nos braços.

Vontade de fazer você chorar toda a dor que cresce em mim!
Esse vazio teu, quase nunca me dói, mas quando dói, chega a sangrar, e faz de mim uma criança triste com o olhar distante.

A lágrima não escorreu dessa vez. Que dor estúpida e pedante!
Tenho raiva de mim por tão vítima que sou!

Peço à Deus que não perdoe sua falha.
Peço à Deus que me proteja e perdoe minha ira.
Peço à Deus que sua consciência pese!

Mas só nesse instante estou, com um silêncio irritante e intrigante.
A inspiração acabou.