sábado, 25 de novembro de 2017

Seus 55, e as vidas tantas que teremos

Fui eu que trouxe meu amor para sua casa Quando lá cheguei, ela nem parecia um lar Tudo era limpo, mas lotado de vazios
Que ecoavam fundo e me faziam chorar
Ali mais tarde, foi mudado de lugar
E mesmo triste, como filha, me doei a aproximar

Foi uma bênção que tocou seu coração
Te fez sentir como pode ser doce, te amar
E te refez um homem mais livre dos vícios, me permitindo contruir e respeitar.
Hoje te sinto indispensável nesta vida
Cada dia, mais vivo dentro de mim
E quero voltar ao teu abraço sem pressa na despedida
Um abraço forte e apertado, sem ter fim

Pai, meu amigo e meu amado, ter você é um presente porque sim!

domingo, 19 de novembro de 2017

Matura a idade.

Menina de quase 30, levantou do chão e ajeitou a saia, calçou as sandálias e foi andando sem olhar para trás.

Percebeu, revisando o seu percurso, que nada do que tinha achado viver, tinha a ver com o que achava.

Sacudiu a cabeça aceitando o preparo do tempo, da saturação emocional investida à duras penas, na mulher que construía.

Notou que a circulação sanguínea não era mais a mesma por causa da quantidade de café que ingerira, afinal não dava pra assistir o boom de si mesma sem algum aditivo orgânico.

Há muito ela sabia estar sendo instruída no caminho, pois a natureza foi misericordiosa e devolveu centavo por centavo o bem que ela sempre fez questão de doar.

A descoberta também têm a ver com "não era dor e nem amor, não era bom e nem mal algum, era só um ser humano crescendo".

Uns dias faziam tremer, outros chorar. As emoções nunca foram tratadas como deveriam, e agora, estavam minuciosamente vindo à tona, com o respeito devido.

Ela ainda sente o silêncio do despertar, e isso, deve ser a porra do café!