domingo, 24 de abril de 2016

Cala a tua boca na minha e me deixa.
Deixa-me com meus vácuos ilesos,
com minh'alma intrépida
com minhas reticências soltas por aí.


Cala a tua imagem no meu pensamento.
Nas minhas miragens sujas
no meu coração cansado,
na minha voz presa.


Cala e volta como se não tivesses ido de
volta pra tua casa.
Porquê não quero saber de ninho,
não quero ver o lixo que vai sobrar.


Cala naquela foto de face perene, de ar suave, de gozo saciado.
Não quero ver além do que me importa.


Cala e vai pra sempre em silêncio dentro e fora da realidade que forjamos.
O que vivemos não dura mais...

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Emoção Progressiva


A emoção é um monstro imenso que assusta a gente. Mas o que a gente não sabe mesmo, é que ali tem só tamanho, porquê se tivermos coragem de enfrentar, descobriremos logo que é mansa...
A verdadeira ameaça está na fuga, no "deixa pra lá", no "distrair".
 Quando ignorado, o sentimento fica sem rumo e tudo o que a emoção precisa, é ser compreendida. Uma vez entendida e bem trabalhada, o alívio pleno chega a extasiar. É o gozo máximo que podemos chegar por nós mesmos.
O "parar de sofrer" imediato.
É só fazer o caminho regresso, e ter certeza de que não há mais nada naquele lugar!

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Estou aqui parada, olhando o meu pensamento pensando em nada.
Sinto meus cabelos tocando minhas costas, meus pés formigando, meu estômago roncando enquanto apetite não têm.
Sentada no banheiro, olhando para as paredes e pensando no que o nada pode me dar. Por meio do raciocínio lógico, sem esfera de compreensão, o nada subjetivo é vazio... Mas não! O nada é paz... O nada é minha consciência de existir, de simplesmente estar aqui sem pensamentos.
E quero curtir esse nada, porque ele não tem opinião, ele não me perturba, ele me estabiliza e faz meu corpo repousar. É aquele estado que a meditação alcança, e mesmo com mil técnicas, não consigo ficar o tempo inteiro assim, mas acessar, acessar já faz muita diferença boa!
Gostaria até de fazer mais texto, só que ... O nada estava muito melhor!