domingo, 29 de julho de 2007

Aos saudáveis amigos...



"Continue vivendo a sua juventude como um louco, pois a nossa geração ainda não nos deu motivos para sermos normais."

-Lirium-

Fragmentos de uma questão em absoluto.


Como a vida pode ser boa, se ao final ela mata a gente?

O jeito é gastar, fumar e beber mesmo...

Não saio cantando glórias a esmo!

Para quê serve o círculo?

Para ser crente?

Ora, não me venha com lamúrias!

Para que sorrir ou chorar?

Ah, sim!

Convi-ver com alheias fulguras...

E então nascer para se doutrinar.

Que redenção vê nisso?

Diga-me, que ventura vês?

Há quem se confronte com isso.

Ensina-me a morrer oh vida cruel!

Dá-me a marcha fúnebre de conceitos.

Arrasa-me com sua fé desiludida.

Retira-me desta tortura-festa qual resumem-se dias.

Tira meu ar em ponto final.

Ao te implicar e arriscar, tenho certeza de quem te rege sou eu!

Um simples mortal em pedaços, em alma atada por curtos laços.

Eu!

Pequeno, justo e ateu.
By Stella Schiavo

Segredo...


"Eu quero a sorte de um amor tranquilo, com sabor de fruta mordida..."

Nós duas...

Boa amizade!

Que saudades tenho!!!



sexta-feira, 27 de julho de 2007

Gonzaguinha - O Que é, o Que é?


Eu fico com a pureza das respostas das crianças:

É a vida! É bonita e é bonita!

Viver e não ter a vergonha de ser feliz,

Cantar, e cantar, e cantar,

A beleza de ser um eterno aprendiz.

Ah, meu Deus!

Eu sei Que a vida devia ser bem melhor e será,

Mas isso não impede que eu repita:

É bonita, é bonita e é bonita!

E a vida? E a vida o que é, diga lá, meu irmão?

Ela é a batida de um coração?

Ela é uma doce ilusão?

Mas e a vida?

Ela é maravilha ou é sofrimento?

Ela é alegria ou lamento?

O que é? O que é, meu irmão?

Há quem fale que a vida da gente é um nada no mundo,

É uma gota, é um tempo

Que nem dá um segundo,

Há quem fale que é um divino mistério profundo,

É o sopro do criador numa atitude repleta de amor.

Você diz que é luta e prazer,

Ele diz que a vida é viver,

Ela diz que melhor é morrer

Pois amada não é, e o verbo é sofrer.

Eu só sei que confio na moça

E na moça eu ponho a força da fé,

Somos nós que fazemos a vida

Como der, ou puder, ou quiser,

Sempre desejada por mais que esteja errada,

Ninguém quer a morte, só saúde e sorte,

E a pergunta roda, e a cabeça agita.

Fico com a pureza das respostas das crianças:

É a vida! É bonita e é bonita! É a vida! É bonita e é bonita!

quinta-feira, 26 de julho de 2007

CAOS


Infunde temor a tempestade pelo céu anunciada
Uma lágrima passa a derrubar meu medo
Que há no pavor que não seja mais segredo?
Do que a morte do universo não-revelada


Pois a chuva mor já de antes à nós antecipada
Nos destruiu quando se viu em desenredo
E o enredo esperado tampouco viria tão cedo
Junto ao chão da multidão desabrigada


As vítimas sacrificadas foram de grande, a proporção
Mesmo aquelas pasme, as que nem se abateram
Escutavam, e como, nos tímpanos seus, raio e trovão,


Desespero pairava, tudo quanto havia, esqueceram
De que não havia estendida sequer uma, àquela mão
E no vazio desse, o abate, eles, se perderam...


André Ricardo Marques de Souza & Stella Matutina Schiavo

terça-feira, 24 de julho de 2007

Borboletices a rejeitar....


Não venhas!
Recuso-me a abrir a porta quando chegares.
Não venhas!
Vá curar sua bebedice em outros lares.

Não te amo!
Esqueci-me de como nos conhecemos.
Não te amo!
O ócio pecou e então morremos.

Me odeio!
Por não deixares entrar em casa.
Me odeio!
Pois, esqueci como usar essas asas.

Não clame!
Não vou chorar!
Não me ame!
Não ficarei a vagar...

Vá!
O horizonte está à sua espera...
Enquanto descanso sob o crepúsculo fechado,
aguardo ansiosamente à próxima primavera.

-Stella Schiavo-

Ausência


Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces.

Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.

No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida

E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.

Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.

Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados

Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada.

Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.

Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face.

Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.

Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite.

Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.

Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.

E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.

Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.

Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.

E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.

Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.


-Vinícius de Moraes-

???


Hoje acordei tarde(como todos os dias...), arrumei meu quarto, cantei...

Não pretendo apreciar belos dias, nem ligo mais para eles.

E trabalhar, namorar ou estudar, também não quero mais...

Nem o que os "grandes" chamam de "responsabilidade" me ajeita.

Vou gritar um palavrão, hein?

Acho que é a única casa que eu tenho...

O subterfúgio menos próximo da realidade...

A esdruxilidade em palavras...

O bizarro a prova de balas...

A bebedice sem dores de cabeça...

Os cigarros tragados sem tosse...

A vontade de ficar até mais tarde...

São lágrimas surdas...

São companhias que vão e vem...

São poesias que surgem... e mesmo lotadas de erros, se entende...

São insoles conversas, ou um sono que briga...


Estou esgotada...

Soterrada de razões e porquês...

E com fome...


Fome de você...

Fome de matar...

Fome de viver...

Fome de sonhar...

Fome de bater...

Fome de beijar...

Fome de sumir...

Fome de amar...

Fome de surgir...

Fome de calar...


-Meu DEUS!- gritei.


E esse deus mudo, não ouviu.

E esse deus fingidor não existe.

E esse deus criador me magoou.

E esse deus insuportável não me deixa em paz.

E esse deus cheio de graça, é desgraçado por sua bênção invisível.

E esse deus que não me acha, se afundou em meus conceitos.


Mas mesmo irritada, chateio os olhos de quem me olha.

Não pedi pra encantar.

Me tranquei no quarto escuro.

E ao escrever versos toscos, pude enfim desabafar.


Ufa! ...

O tempo passou.... me acalmei!

By Stella Schiavo

domingo, 22 de julho de 2007

"O Pagão tem medo de sua própria fé!"


Só posso dizer que "somos quem podemos ser"...

sábado, 21 de julho de 2007

Soneto da Incerteza


Se eu não soubesse que seria em vão,
Correria pela noite escura e fria
A fugir do que de fato enfrentaria;
A renunciaria até mesmo à religião;


E, me poderia explicar então,
A quem a minha fé se estenderia?
Que de nós, sem ela, seria
Se fôssemos sempre opostos à razão?


Movidos ambos por nossos instintos,
Por falta de conhecimentos, famintos!
Eu diria que, o que sentimos não é amor...


Que por descrença, cabe o medo e a dor,
Restando-me apenas, esta minha saudade,
Falta essa, sem o choro ou e perplexidade!



Stella Matutina Schiavo &
André Ricardo Marques de Sousa

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Realidade e Sentido


Como é calmo esse dia, o de hoje e agora!
Não há pessoas pelas ruas, e estão desertas,
E não há pássaros cantando do lado de fora,
E se agiganta a poesia minha e tão repleta


De palavras mil que o silêncio, me implora
Ser o eco daquilo que nada diz e então berra
E sorri o quanto pode e ao mesmo tempo chora
Por serem palavras, que de sentido se espera


Ser o real a o tirarnos daqui para então sê-lo
Sem que se possa para isso vê-las ou vê-lo
Realidade não se toca mas se a é, verdadeira,


Como se fosse a maior de todas companheiras
do ego, solitário, onde os sentidos a são,
não a dúvida, mas o sim que jamais diz que não!


André Ricardo Marques de Sousa - Obrigada por me deixar postar...

domingo, 15 de julho de 2007

Meu ursinho e sua garrafa de Vinho


Sentimos o momento, nos amamos sem nos conhecer...
Românticos...
Você amando uma e eu amando outro...
Mas, os olhares se completaram.
E as mãos fizeram pares perfeitos.
Depois de entorpecer, o desejo berrou!
Foi lindo talvez...
Passageiro e prazeroso...
Minha ternura não ficou na estrada, carrego onde vou...
Tentaste apaixonar seus sentidos a meu favor, e mesmo sendo uma ótima atriz, rejeitei seu olhar puro!
Fiz o momento singular, aproveitei seu corpo, e foi recíproco.
Nem consegui te encarar, mas foi só um detalhe tosco(afinal, não te amo mesmo).
Traimos, é fato!
Mas foi bom demais...
Bons sexos... rs

terça-feira, 10 de julho de 2007

EGO


Gostaria de ter morrido quando foste para longe, e renascido quando voltares a meu encanto e deleite...
Esperar até que alguém apareça e me apaixone, ou esperar você me apaixonar de novo?
Não posso ignorar meu corpo e instinto, nem ser capaz de derramar por ti uma única lágrima.
Perdi o controle dos sentidos, nem sei mais onde encaixar palavras...
Dá medo e ciúme, oh ansiedade gritante!
Nem quero mais sentir amor...
Preciso de presença e calor...
Acabaram-se as fichas do coração-chorão que aqui bate...
Quando chegares até meus beijos, após saciar todos os meus desejos, deixo-lhe falar...
Peco! Peco, sem culpa!
Que veneno é esse que contamina o "eu" na história?
E será que houve história?
Posso afirmar que o EU aparece grande na literatura, e consequentemente desisto dessa conjetura...
O suposto e refinado amor, lançou um prelúdio e com a mesma chama da paixão queimou o bojo que guardava-o!
Precaussora, agora sorrio e conto os homens que passaram em minha cama. Rio deles e de mim, mas deixo aqui exposto que gargalho de você...
Esse retórico desabafo me faz bem, e é assim que sinto o (seu)amor agora!
Descalço, pequeno e justificável...

Hoje me vi tão feliz!

Para quem conhece o Vale das Lágrimas e posta Solidão, me sinto completa nesse instante.

Vivi tão triste e por tão pouco tempo de vida, me veio Felicidade.

GRAÇAS A DEUS.

Espero que se perpetue os sorrisos e brilho nos olhos, que carrego a todos nas ruas e por onde vou...

Súbita vontade de sonhar mais alto!

Mantenho a constância, mesmo que para isso eu caminhe pelo Vale da Perdição (literária e vivente), não posso abandonar meu ego (que enleva a muitos...).

Memoráveis dias venho descobrindo após acordar...

Ouço elogios homéricos...

Afirmo mesmo, ESTOU FELIZ!

E quem vai ser o próximo a me arracar "aquela gargalhada"?

Esperança


Sejas o universo de uma criança
E o sorriso daquele mesmo palhaço
Que, juntos, em sincronia dançam
Nos dois corpos do mesmo espaço.

A fragilidade que não se cansa,
Na humildade, ambos, nos passos
do que se explica na fala mansa

De ser a resposta hoje escassa


para as perguntas que são várias,
E algumas mesmo até hilárias
Como, como é feliz essa criança

E eu vivo de toda uma esperança?
Tudo que existe não é o que se sente
Mas o é, com certeza, e não mente!
-André Ricardo Marques de Souza-

Arte



Que sanidade existe na arte?
Eu, que sou normal como se diz,
mas que dela, eu, faço parte,
peça por peça... Isso! Eu me fiz!


Nada, sou louco, o que esparge
A alegria e tristeza, numa cicatriz
De nome "Passado" e que vez arde,
Vez não... E'eu feliz tão quão infeliz

Na mesma mão, a minha, a obrar
A loucura que olho não há de enxergar,
mas que a transcende na mente

Como a arte, a que ela se não sente
Mas que dantesca, como lírico o poeta,
tão louca quanto nós é... Ali, quieta!
-André Ricardo Marques de Souza-

Um dia alguém para mim sorriu.

E não obstante deixou saudade,

E sentido seja,

Não mais partiu,

Fazendo-me crer,

ser de verdade.

Sempre, mas sempre sorria assim...

domingo, 8 de julho de 2007

Você na poesia...


Inspiração?
Stella vai...
Stella vem...
Mas eu continuo sem ver-te stella...
Stella meu bem!
Será que Stella é imbatível?
Como se não fosse possível,
Se deixar amar por alguém...


Stella
Se deixar amar por alguém
Oras...
Quem diria?
Como as outras também!
O medo de mostrar a "face"
ARTE

Stella vai...
Stella vem...
Mas continuo sem ver-te
Stella meu bem...
Será que Stella é imbatível?
Como se não fosse possível,
Stella se deixar amar por alguém?
Quem diria?
Que Stella seria?
Como as outras...
As outras também
O medo de mostrar a "face"
ARTE!!!!!!!!!!!!!!!!

Musa que é parte e inspiração
E não há quem diga
Que Stella não é
O retrato dessa vida
A via há que ser percorrida....

Stella... vai!
Stella vem...
Mas deixa-me ver-te stella
Stella meu maior bem!
Do SEU poeta
Eis
Este querer-te bem sem me quereres
Este sofrer por ti constantemente
Andar atrás de ti sem me veres
Faria piedade a toda gente
Mesmo a beijar-me tua boca a mente.
Quantos beijos de outras mulheres
Pousa na minha a tua boca ardente
E quanto engano nos teus vãos dizeres
Mas que importa a mim que não me queiras
Se esta pena, esta dor, e canceiras
Esse mísero pungir árduo e profundo
Do teu frio desamor dos teus desdéns
É na vida o mais alto dos meus bens
É tudo quanto eu tenho nesse MUNDO

Diga-me poetiza
Cada palavra e verso e estrofe
Que vc com vc mesma se confessou
Para dizer em alto e bom tom
Ei...

EU ...

Aqui estou...
Esperando você...
EU??????


Esse é um Poeta Especial... Obrigada André! Te amo!

Casa-Castelo


Encontrei uma rua com um chafariz, perdida num pensamento distante desse mundo limitado de prazeres...
Caramba! Estou mesmo esquecida!
Morei em uma "casa castelo" desde que nasci até completar 8 anos.
Essa casa castelo era enorme...
Muita gente tinha medo e curiosidade ao passar pela calçada...
Haviam 30 cômodos na casa, e onde eu mais gostava de ficar era no jardim...
Aos poucos minha memória vai falhando, não quero me esquecer daquele lugar...
Olhe, o jardim era muito grande!
Haviam caminhos entre os milhares de canteiros, e 3 chafarizes...
Tinha um pé de Azaléia perto do de Jabuticaba que dava nos fundos da biblioteca do meu Tio.
E 2 leões em estátua na entrada de um jardim sobresalente que acomodava também as quatro estações, uma mesa no centro e um banco.
Meu Tio gostava daquele cantinho, sabe?
E eu já gostava da outra parte, no mesmo jardim.
Era um terraço pequeno e tinha uma estátua do carteiro, eu gostava do formato porque parecia um desenho animado vivo. E também uma caixa d'água sinistra(e quando estava lá sempre ficava olhando e ouvindo barulhos lá dentro, acreditava que ali havia algum peixe ou baleia, sério!), era envolvida de uma espécie de pano, eu achava muito assustadora e mesmo assim gostava de ficar lá depois que chovia, porque as cadeiras azuis que ficavam lá, enchiam d'água mas nem sei porque eu achava aquilo especial.
Bem, meu cão (Palito, o vira-lata mais lindo do mundo), ficava na parte dos fundos desse quintal. Quando minha mãe o soltava, eu sempre ficava com medo dele, e ele querendo brincar...
Quando ela o prendia, eu ficava chorando com pena...
Dá pra entender?
Enfim, lá era "O LUGAR"!


-Stella Schiavo-

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Mariza - Chuva

As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir

Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir

Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer

A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera

Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera

A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade