domingo, 19 de novembro de 2017

Matura a idade.

Menina de quase 30, levantou do chão e ajeitou a saia, calçou as sandálias e foi andando sem olhar para trás.

Percebeu, revisando o seu percurso, que nada do que tinha achado viver, tinha a ver com o que achava.

Sacudiu a cabeça aceitando o preparo do tempo, da saturação emocional investida à duras penas, na mulher que construía.

Notou que a circulação sanguínea não era mais a mesma por causa da quantidade de café que ingerira, afinal não dava pra assistir o boom de si mesma sem algum aditivo orgânico.

Há muito ela sabia estar sendo instruída no caminho, pois a natureza foi misericordiosa e devolveu centavo por centavo o bem que ela sempre fez questão de doar.

A descoberta também têm a ver com "não era dor e nem amor, não era bom e nem mal algum, era só um ser humano crescendo".

Uns dias faziam tremer, outros chorar. As emoções nunca foram tratadas como deveriam, e agora, estavam minuciosamente vindo à tona, com o respeito devido.

Ela ainda sente o silêncio do despertar, e isso, deve ser a porra do café!

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