Cala a tua boca na minha e me deixa. 
Deixa-me com meus vácuos ilesos, 
com  minh'alma intrépida
com minhas reticências soltas por aí. 
Cala a tua imagem no meu pensamento. 
Nas minhas miragens sujas 
no meu coração cansado, 
na minha voz presa. 
Cala e volta como se não tivesses ido de 
volta pra tua casa. 
Porquê não quero saber de ninho, 
não quero ver o lixo que vai sobrar. 
Cala naquela foto de face perene, de ar suave, de gozo saciado. 
Não quero ver além do que me importa.
Cala e vai pra sempre em silêncio dentro e fora da realidade que forjamos. 
O que vivemos não dura mais... 
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