sábado, 25 de agosto de 2007

Soneto da Solidão


Eis que meu pulso quer brigar com a intrepidez.
Onde fora repousar a tolerância de minha calma?
Aceito que esteja intrínseco no sangue, a altivez
Dessa bruta inquietude, que fere e sangra a alma.

Mas se não puder acertar a angústia, choro?
Prefiro calar, silêncio absoluto soa por ali.
Palavras são consolo, no retumbar do coro
E eu, vácuo dinâmico confuso, vôo daqui.

Minha lástima é profícua e deveras intensa,
Não tenho barcos, ou homens lançados ao mar,
Sou: água e sal, sol e ilha, ou solidão propensa.

Esse "canto-silêncio" afogado e impelido ao ar,
Fez-me rever esse ermo, com enorme indiferença
O que me falta? O sentido que chamam de AMAR?
By Stella Schiavo

Nenhum comentário: