quinta-feira, 26 de julho de 2007

CAOS


Infunde temor a tempestade pelo céu anunciada
Uma lágrima passa a derrubar meu medo
Que há no pavor que não seja mais segredo?
Do que a morte do universo não-revelada


Pois a chuva mor já de antes à nós antecipada
Nos destruiu quando se viu em desenredo
E o enredo esperado tampouco viria tão cedo
Junto ao chão da multidão desabrigada


As vítimas sacrificadas foram de grande, a proporção
Mesmo aquelas pasme, as que nem se abateram
Escutavam, e como, nos tímpanos seus, raio e trovão,


Desespero pairava, tudo quanto havia, esqueceram
De que não havia estendida sequer uma, àquela mão
E no vazio desse, o abate, eles, se perderam...


André Ricardo Marques de Souza & Stella Matutina Schiavo

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