sábado, 26 de maio de 2007

Mineira Aviolada


E mesmo quando arranha, ou quando o som oco quase mudo sai, perde-se o tempo e divagam-se as notas.
Ê clássico “bão” é esse “tal” de violão!
Toca a alma, acalanta e acalma, se vira na dança dos dedos e nos entretêm em “sol sem dó”, e faz das cordas uma voz que vem do fundo peito.
Oh “trem” bonito de se ver!
Poesia erudita, épica, muda...
Mas basta um leve dedilhar para todo o mundo contemplar e aplaudir.
Não sei se minhas raízes implicam tanto nesse instrumento de puro encanto.
Só sei que o “uai” sai sem querer.
Adormecem-se dedos e ouvidos, e inda posso escutar de longe alguns burburinhos do povo lá atrás pedindo:
-”Toca mais uma aí sô!”
(Stella Schiavo)

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